Crer não é acreditar que existe



   Muitas pessoas dizem crer em Deus... porém Ele não deseja apenas uma crença no sentido de "acreditar que Ele existe". Ele deseja que nós creiamos com fé, com obediência, com o coração.
   Saber que Deus existe, até os demônios sabem... "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem." (Tiago 2:19).
   Como podemos nos diferenciar dos demônios? Simples. Crendo com fé e sabendo que Ele é galardoador dos que O buscam... Crendo com obediência e amor.
   Saber que existe, até os demônios tem essa crença...
   Seja diferente.

Pense Nisso!!

Alamir

Tentação

Nós, como discípulos de Cristo, somos tentados a todo momento. Essa tem sido uma das principais causas de quedas sofridas pelos servos de Deus. Caem nas garras do pecado e se deixarem sucumbir ante os enganos de Satanás por conta de não serem capazes de discernir e resistir a esse mal (inerente à nossa natureza humana corruptível) chamado tentação.

A tentação, muitas vezes, entra em nós por meio dos olhos e/ou ouvidos, e essa semente, muitas vezes, encontra terra fértil em nossa mente que, uma vez sendo regada e alimentada, dá origem ao pecado. Ser tentado não é pecado, cair na tentação é o grande erro.

O próprio Cristo foi alvo da tentação, depois de quarenta dias no deserto, fragilizado e com fome, Satanás O tentou justamente no ponto que lhe parecia ser mais vulnerável: a fome (“transforma essas pedras em pães”), porém foi repreendido e não obteve sucesso na sua perversa empreitada.

Sabendo que a tentação, quando aceita, gera pecado, o SENHOR alertou a Caim acerca dessa ameaça real: “...E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, ele deseja dominá-lo, mas sobre ele deves dominar.” (Genesis 4:7). Observe que Deus revela que devemos “dominar” o pecado. Isso significa resistir à tentação, pois se não resistirmos, o pecado será consumado e, uma vez consumado, gera morte ao pecador (“o salário do pecado é a morte”).

Somos capazes de resistir à absolutamente todas as tentações. Sobre isso o apóstolo Paulo escreve: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (I Coríntios 10:13)

Toda tentação tem origem nos nossos próprios desejos carnais. A Palavra de Deus diz que “... a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.” (Gálatas 5 : 17). Podemos ser tentados de várias maneiras, sendo através de sutis palavras de engano que nos elogiam, elevam nosso ego e nossa auto estima, mas que no final trazem destruição para os que se deixam levar por tais enganos travestidos de elogios. Prova disso é o que lemos em Provérbios 27:21: "Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores (elogios)."

Também podemos ser tentados por meio daquilo que vemos, o que atrai nossos olhos de maneira privilegiada pode ser uma armadilha para que caiamos em tentação. Por natureza temos a tendência de cobiçar de maneira interminável aquilo que nos atrai o olhar ("Como o inferno e a perdição nunca se fartam, assim os olhos do homem nunca se satisfazem." - Provérbios 27 : 20)

Em meio a todas essas afirmativas, uma coisa podemos saber com clareza: Nunca somos tentados por Deus. Toda e qualquer tentação só acha lugar para pousar e se transformar em pecado, se nos deixarmos induzir pela nossa própria carne pecaminosa: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (desejos materiais ou sexuais). Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1: 13-15)

Se a tentação apenas encontra terra fértil nos desejos da nossa carne, só há uma maneira para combatê-la antes que se transforme em pecado e, por consequência morte: Fortalecendo o Espírito em nós. Pois é Ele quem luta contra nossa carnalidade (Gálatas 5:17) e nos capacita para vencer a guerra. Portanto, “... Se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Romanos 8:13).

Pense Nisso!

Alamir

Belém (Pa), 20 de abril de 2011

Perdão



Não acredito que algum ser humano se auto conceitue uma pessoa má em sua essência. Acredito sim que, se alguém comete maldade para com o próximo, tal pessoa foi, de certa forma, motivada a apresentar tal comportamento.

Não creio que alguém, ao ter uma atitude nociva à outrem, possa afirmar: “Fiz isso porque sou uma pessoa má e, portanto, quero ver o mal do meu semelhante”. Prova disso é que, não poucas vezes, nos deparamos com pessoas odiadas por alguns e estimadas por outros. Ora, se tais pessoas fossem assencialmente e totalmente más, provavelmente experimentariam a repulsa unânime da parte de todos os que mantivessem contato com a mesma. E vemos que não é assim. Dito isto, de que maneira podemos perdoar o que julgamos ser maldade alheia contra nós?

Estou convencido de que o modo mais eficaz de liberar perdão a alguém que nos afetou por meio de determinado comportamento maldoso (aos nossos olhos) é tentar compreender as motivações que levaram nosso ofensor a agir de tal maneira (não estou afirmando que é fácil, mas, acredite, funciona).

Quando nos colocamos no lugar da pessoa que nos causou algum tipo de prejuízo (moral, emocional, financeiro, etc.) e tentamos enxergar o porquê desse comportamento (sim... tudo tem uma causa), passamos, aos poucos, a trocar a raiva, a mágoa, o ressentimento e a vontade de vingança pela compaixão. Para isso, no entanto, é necessário que estejamos despidos da maldade e engajados no exercício da compreensão.

Muitas pessoas que nos machucam, assim o fazem sem que haja a real intenção de fazê-lo, mas, por algum motivo, tal comportamento malévolo foi desencadeado.

Jesus Cristo, no auge do sofrimento, compreendeu as motivações que impulsionavam seus agressores a agir com tamanha maldade. Para os judeus, Ele era um herege e, portanto, merecia a pena capital estipulada pela Lei Mosaica. Enquanto que para os soldados romanos, Ele era apenas mais um prisioneiro que havia recebido sentença de morte da parte do governo; com isso, os soldados estavam apenas exercendo seu ofício e obedecendo ordens superiores.

Alcançando a compreensão acerca do que estava levando aquelas pessoas a agirem da maneira como agiram, Cristo não só as perdoou como também rogou ao Pai para que também as perdoassem ("E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem..." - Lucas 23 : 34).

O ato de liberarmos perdão para com nosso próximo é de extrema importância para Deus, a evidência disso é o que Jesus afirma em Mateus 6:14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”.

O perdão, assim como quase tudo na vida, é uma questão de exercício. Exercite o perdão diariamente, pratique-o e “vosso Pai celestial vos perdoará a vós”.


Pense nisso!


Alamir Marinho

20 de abril de 2011

Belém (Pa)

Insensíveis e indiferentes ao amor

Estamos nos tornando cada vez mais "casca grossa". Insensíveis e indiferentes ao amor (seja ele de qualquer natureza).

Relacionamentos sucumbem diante do poder quese divino do verbo "ter". Famílias, amizades, almas e mentes são brutalmente reduzidas à pó.

O homem, pra se sentir realizado, precisa "ter" as melhores coisas, por mais que ele "seja" as piores coisas.

A cobiça nos anestesiou o coração... não "sentimos" mais as pessoas nem o prazer das coisas puras e singelas. Corremos atrás, suamos e sangramos apenas do que podemos ver e tocar (e nunca paramos de nos sepultar, ainda que vivos).

Pense nisso!!!

Frase da Semana

"Parem de dizer "Nós aceitamos a Jesus". Porque desse tipo de declaração, que se expressa e não se torna, Deus não precisa". (Caio Fábio)

MALAQUIAS MAL APLICADO

Poderia não comentar o profeta Malaquias, mas penso que uma pequena análise do Livro poderá ser um reforço adicional ao estudo acerca do dízimo, além de podermos dimensionar quão mal aplicadas são suas palavras nos nossos dias.

A Bíblia de Estudo Pentecostal, no breve comentário acerca desse Livro profético informa que “Malaquias profetizou cerca de cem anos após os primeiros exilados terem voltado de Babilônia”. Então, o relato é pós-exílio, posterior a Ezequiel e Daniel que profetizaram durante, enquanto todos os demais são anteriores, exceto Ageu e Zacarias que também são pós-exílio.

Já no cap. 1 e verso 1, encontramos: “Peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias.” (destaquei) Ora se era contra Israel, Ml. 3.10, não pode referir-se a Igreja, se alguém intitula-se Israel espiritual, então o dízimo não pode ser material.

O contexto do Livro nos fornece o estado espiritual da nação que embora no primeiro momento do pós-exílio estivesse avivada e devotada Ed. 6.13-22 com a reconstrução do templo e a celebração das liturgias estabelecidas na Torah (Lei), naquele momento; já não estava tão disposta a seguir os preceitos do Senhor e desvirtuaram todo o cerimonial prescrito por Deus para aquela nação Ml. 1.7,8. Todo o Israel fazia o que achava bem aos seus olhos. Os sacerdotes estavam corrompidos, cap. 2, e os filhos de Israel não contribuíam, nem ofertavam corretamente ao Senhor Ml. 1.14; 3.7-10.

A cobrança do dízimo no livro do profeta Malaquias é contundente, mas digno de observação. Percebe-se que enquanto não havia templo (época do exílio) e, não havia o exercício das atividades sacerdotais não havia cobrança de dízimos, mostrando a relação direta e inseparável desse trinômio: dízimo, sacerdócio, templo. Com o restabelecimento decorrente da repatriação tornou-se imperativo o restabelecimento da herança dos levitas: Os dízimos; para que pudesse haver o desempenho das atividades sacerdotais, sem as quais seria impossível a realização do culto coletivo a Deus, naquela época, posto que somente os sacerdotes e levitas estavam autorizados por Deus para ministrarem o Sagrado, e terminantemente proibidos de outra atividades, como as seculares, por isso os dízimos como herança.

Malaquias 3.11, nos traz palavras de terror quando ditas hoje; sendo usada pelos pregadores contra os cristãos não dizimistas, mesmo sendo o livro de Malaquias estritamente dirigido a Israel. Diz assim o verso: “E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” Os pobres irmãos, chamados a liberdade em Cristo, estão hoje, escravizados pela consciência, artificialmente plantada pelos doutrinadores modernos, que impõe com todas as técnicas de PNL (programação neurolingüística), o temor do “devorador” que irá consumir tudo que os irmão em Cristo tenham caso não contribua com esse tipo de oferta. Resta, porém saber, se há coerência em achar que o “devorador” possa alcançar um cristão, pois se colocar-mos a prova essa “maldição”, considerando a existência do Novo Pacto e a morte de Cristo, ela não tem a mínima validade. Cristo nos isenta da Lei e suas Maldições Gl. 3.10 e o v. 13 diz “Cristo nos resgatou da maldição da Lei...” além do mais, jamais podemos perder de vista que Malaquias profetizou contra Israel, em um dado momento histórico, não é sensato afirmar que essa maldição determinada em Ml. 3.11, tenha desbravado as barreiras do tempo e tenha poder de alcance sobre os judeus ou cristãos posteriores, por uma razão óbvia: O Pentatêuco (cinco primeiros livros da Bíblia) foram escritos segundo nos informa a Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. 1995, CPAD, entre 1445 a 1405 a.C., e o Livro do profeta Malaquias, entre 430 e 420, o que nos dá uma diferença aproximada de 1000 (mil) anos. Em todas as ocorrências da palavra “dízimo” no Velho Testamento que são em número de 31, apenas em Malaquias se fala do “devorador” associado a sonegação dessa oferta, entendido por muitos como a punição para os não dizimistas atuais, no entanto, é bom perceber que se essa punição é eterna, ou seja vigora ainda hoje, então todos os transgressores anteriores ao profeta Malaquias, foram beneficiados por Deus com a impunidade, pois não há maldição expressa contra eles: Não se falou do “devorador” dos “não dizimistas”, antes desse profeta. Para quem não sabe, Devorador, era o nome dado as pragas que assolavam as lavouras, em especial o gafanhoto. Se aceitar-mos o contexto em que foi escrito o Livro, aceitaremos também que esse dito de Ml. 3.11 foi dirigido ao povo de Israel que vivia aquele momento, nem para os anteriores, nem para os posteriores.

Se o devorador alcançasse e consumisse os bens de um cristão em cumprimento a Ml. 3.9 “Com maldição sois amaldiçoados, por que me roubais a mim, vós, toda a nação”, então, de nada teria valido a morte de Cristo e as palavras de Paulo em Gl. 3.13 “Cristo nos resgatou da maldição da Lei...” A grande verdade é que o Livro do profeta Malaquias é extremamente mal aplicado, para satisfazer os interesses dos neodizimistas, porém sempre esbarrarão nas incongruências e contradições de sua pretensa “doutrina”. A Bíblia não deixa margem para o tipo de interpretação que querem dar ao texto do profeta, a maioria dos doutrinadores seguem essa linha porque o dinheiro ainda fala mais alto, inclusive no meio das lideranças cristãs.

Se perguntarem como faremos a obra? Poder-se-á responder: “Da maneira bíblica!”: Com a oferta voluntária dos reais convertidos a Cristo, simples e eficaz é essa oferta; nos ensina o Livro de Atos dos Apóstolos.

Vendilhões da Graça de Deus

A ganância dos "vendilhões" da Graça de Deus...
Se acham corretores divinos na terra e enganam tantos quantos puderem.
Ensinam o anti-Evangelho por conveniência própria.
O Apóstolo Pedro certa vez disse a um aleijado: "Não tenho ouro nem prata...". Ele não tinha bens materiais, porém era uma fonte da qual jorrava água viva...
Pensem nisso!

Deus não está a venda

Ótima mensagem do Rev. Caio Fábio acerca dos "corretores" de Deus na Terra.


O “corpo de Cristo” tem lúpus eritematoso sistêmico

Antes de justificar essa afirmação, meio chocante à primeira vista, trarei um conceito sobre o que é o lúpus eritematoso sistêmico. Creio que, deste modo, podereis discorrer mais livremente acerca daquilo que proponho.

Conceito: “O lúpus eritematoso sistêmico é uma
doença autoimune do tecido conjuntivo que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimunes, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual”.

Tentarei explicar o motivo pelo qual fiz analogia entre o “corpo de Cristo”, o qual sabemos que não é físico; e o lúpus, doença que ataca o corpo físico.
Se for verdade a afirmação de que cada vertente e cada agremiação religiosa dita “cristã” faz parte do “corpo de Cristo”, baseada na passagem bíblica que diz: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.” (I Coríntios 12:27), então posso afirmar, sem medo de errar, que este corpo (e não o corpo realmente descrito no Evangelho) está seriamente acometido de uma doença incurável chamada lúpus que, como vimos acima, faz com que o organismo lute contra as células do próprio corpo.
Refleti acerca dessa questão quando presenciei instituições “cristãs” (portanto, teoricamente, fazendo parte do “corpo de Cristo”) adotando posturas, regras, ritos e ensinamentos que, nem de longe, se parecem com o que foi proposto por Cristo Jesus.
Tentarei comentar na forma de tópicos (sem a pretensão de esgotar o assunto) algumas dessas práticas realizadas pelo que se autodenominou “corpo de Cristo”, porém ferem O Próprio Dono do Corpo. Tenho certeza que não elencarei todas neste texto. Primeiro porque demandaria um exaustivo e prolongado ajuntamento de questões, as quais transformariam aquilo que pretendo que seja uma breve explanação de ideias, em um cansativo emaranhado de argumentos perdidos em meio à prolixidade. Segundo porque nunca fui muito bom de memória, portanto não lembraria agora de todas as coisas que venho presenciado ao longo do tempo.
Quero deixar claro também que creio na individualidade com que Jesus pode falar ao coração de cada ser humano. Portanto, se Ele verdadeiramente ordenar a alguma pessoa que ela entre na igreja sem os sapatos, eu sou a favor de que ela obedeça. Porém creio na particularidade com que Jesus trata a cada um e, por isso, o ato de tirar os sapatos para entrar na igreja apenas servirá àquela pessoa, as demais devem entrar todas com seus sapatos ou sandálias nos pés.
O motivo pelo qual estou dando esse exemplo do sapato? Vou explicar, até porque com esse exemplo posso começar a lista de “agressões”, causadas pelo lúpus, ao Corpo de Cristo (sem aspas agora).
1- Certa feita ouvi uma mulher afirmar que nós poderíamos, inclusive, dar o dízimo do nosso tempo para a obra de Deus.
Não duvido que Deus, um dia, possa ter falado ao coração daquela mulher que ela poderia dizimar seu tempo (e se isso aconteceu, ela deve obedecer). Porém não há nada no Evangelho que sustente o fato de que essa afirmação sirva para todas as outras pessoas. Aquela mulher estava pregando algo que pode ter acontecido em uma esfera particular, como se fosse ensinamento universal. Não se limitando a pregar o Evangelho, conforme ordenou Cristo.
2- Em outra ocasião, um pregador bradou eloquentemente que “devemos ser fiéis nos dízimos, para que não falte mantimento em nossos celeiros”. Na ocasião, eu disse amém! Concordei com tudo o que ele disse, parecia estar ouvindo a “voz de Deus” me exortando a dar o dízimo do meu salário. Tempos depois, como um lampejo de sobriedade em uma mente entorpecida por doutrinas, regras e ritos; parei pra pensar acerca do dízimo e fui estudar o assunto nas Sagradas Escrituras. Constatei que o dízimo, como ordenança divina, foi instituído, principalmente, para o sustento daqueles que pertenciam à tribo de Levi, os quais não poderiam ter posses na terra, por isso eram sustentados com os dízimos das outras onze tribos. Abraão deu dízimo voluntário a Melquisedeque, como forma de gratidão. Portanto, o dízimo, como uma ordenança, era inerente à lei de Moisés, a qual Jesus cravou na cruz (“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” - Colossenses 2:14). Longe de mim dizer que não devemos contribuir para a obra de Deus, porém, se analisarmos o Evangelho (o mesmo que Cristo nos mandou anunciar), veremos que os ministros da Palavra, inclusive o próprio Cristo, não recebiam dízimos, mas sim ofertas voluntárias, as quais muitas vezes eram superiores aos dízimos. Barnabé, por exemplo, era um homem abastado, vendeu tudo que tinha e aplicou na propagação do Evangelho.
Em relação à Malaquias 3:10, onde consta a famigerada passagem “trazei todos os dízimos à casa do tesouro”, podemos ler em Neemias 10:38 que a “casa do tesouro” era uma câmara dentro do templo, onde eram depositados os dízimos dos dízimos (ou dízimos dos levitas): “E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas quando estes recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro.”. Jesus manda os fariseus darem o dízimo, porém, em primeiro lugar, deveriam atentar para o mais importante: juízo, misericórdia e fé (Mateus 23:23). Baseado nessa passagem alguém pode sustentar que Jesus está mandando todos darem o dízimo. Será que é verdade? Se fosse verdade, os leprosos de hoje deveriam se apresentar ao sacerdote e oferecer sacrifícios todas as vezes que fossem curados da hanseníase, pois Jesus mandou um leproso fazer isso, uma vez que a lei de Moisés assim determinava (Mateus 8:4). Jesus disse para eles fazerem as duas coisas, porque ainda não havia derramado Sua Graça e perdão através do Seu sangue na cruz, por isso, tanto Ele quanto os demais, haveriam de cumprir a lei de Moisés, aplicada aos judeus, lei essa que foi aniquilada por Cristo lá no Calvário.
Não vivemos pela lei, mas pela GRAÇA (favor imerecido). Agora, deixem toda a religiosidade de lado e pensem comigo: Por que uma parte da lei de Moisés foi mantida (dízimo) enquanto outra foi cancelada por Cristo e “cravada na cruz” (sacrifício de leprosos curados, ingestão de determinados alimentos, guardar o sábado, sacrificar animais)? Essas divergências são convenientes para o “corpo de Cristo” composto por bens materiais, porém, ferem como lúpus, o Corpo de Cristo feito de corações.

3- Há algum tempo, uma senhora pediu para nós irmos “ungir” a casa dela com óleo, pois ouvia barulhos estranhos e ela experimentava toda sorte de medos e sensações ruins ali naquele ambiente. Lembro que fizemos uma oração, depois enchemos as mãos de óleo e fomos, em duplas, pegando nas paredes, utensílios, móveis, portas, janelas, etc. Note que ela queria o poder de Deus através do óleo. Tínhamos que “ungir” a casa para espantar toda e qualquer casta maligna que lá estivesse. Agora responda: É assim no Evangelho ensinado por Jesus? Vamos ver para que serve o óleo (azeite), segundo a Palavra de Cristo?
- “E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Marcos 6:13).
- “E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;” (Lucas 10:34).
- “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;” (Tiago 5:14).
Percebemos que, segundo o Evangelho (repito: o qual Jesus nos mandou anunciar), é ensinado o uso do óleo em casos de enfermidade, e não para a expulsão de demônios. No entanto, algo foi ensinado para os casos onde espíritos malignos tivessem que bater em retirada. Vamos ver quais são os ensinamentos para essa situação?
- "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios..." (Marcos 16:17).
- "E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam." (Lucas 10:17).
- “...Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu." (Atos 16:18).
Constatamos então que, segundo o Evangelho de Cristo, a própria senhora estava habilitada para, EM NOME DE JESUS CRISTO, expulsar o que quer que estivesse lhe atormentando, ela só não sabia disso, como até hoje não sabe, porque a religião ensina um evangelho em que as pessoas “precisam” precisar de outras, supostamente mais gabaritadas, para exercer uma função de “intermediário” da Graça em suas vidas. A religiosidade prende as pessoas no pacote do evangelho criado e ensinado por homens com mentalidade de crescimento corporativo quantitativo, cheio de normas e criatividades antagônicas às de Jesus. Mas que dão muito certo como marketing multinível, no melhor estilo Herbalife e Noni.
Poderia escrever um livro inteiro acerca dessas “mandingas” anti Evangelho e pró religião. Toalha “milagrosa”, sabonete “milagroso”, copo d’água, cajado da prosperidade, fogueira santa, vela pra santo, sessão do descarrego, pagar promessa acompanhando procissão de joelho, etc. Como se Jesus dependesse de alguma dessas coisas ou desses eventos para agir na minha vida, na sua vida ou na vida de qualquer pessoa.
Agora vou relatar o episódio recente que vi em uma igreja evangélica. Sabemos o quanto evangélicos são contra o “pagar promessas”, geralmente praticado entre os católicos, não é verdade? Inclusive eu conheço um jovem que só pôde cortar o cabelo após os quinze anos de idade, pois era quando terminava a promessa feita pela sua mãe. Até aí tudo bem, mas alguém já viu pastor evangélico pagando promessa? Provavelmente não com essa nomenclatura, porque para os evangélicos, promessa recebe o nome de “voto”. O episódio que vi foi o de um pastor que fez um “voto” de não cortar o cabelo e não tirar a barba, até que chegasse o dia estipulado por ele próprio. Alguém pode me dizer qual a diferença, segundo o Evangelho, entre esse “voto” do pastor e a “promessa” da mãe do jovem o qual mencionei? Humildemente afirmo que eu não sei. Só sei que o “corpo de Cristo” se auto agride, como que sofrendo de lúpus. E lúpus não tem cura, a não ser a divina.

Bispo paga 200 milhoes para ocupar por 3 anos 194 hs/mes na RedeTV

O bispo RR Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, está fechando uma negociaçao de cerca de R$ 200 milhoes com a RedeTV. Os programas do missionário, que já ocupam a madrugada e o final da tarde, terao em breve mais horários no canal. RR Soares esteve na semana passada na emissora negociando a compra também da faixa das 13:00 às 14:00, tirando de lá produtos da concorrente Igreja Universal. Com isso, terá 194 horas mensais da programaçao, fatia gorda (27%) das 720 horas mensais do canal. Fontes do mercado garantem que, com a compra, a RedeTV receberá cerca de R$ 70 milhoes anuais do bispo em 1 contrato de 3 anos.